domingo, dezembro 17, 2006

sam.

Correu tao rápido quanto conseguiu. Virou a esquina, entrou no elevador no último minuto. Sentiu que não aguentava. Quando as portas se fecharam com um barulho cortante, chorou. Debulhou-se em lágrimas estúpidas e irracionais. Encostou-se ao aço frio, arrepiou-se. E verteu mais uma lágrima, que, obesa, escorreu lentamente pela bochecha e abateu-se brutamente contra o chão. Escorregou pela parede, cara enfiada nas mãos.
De súbito, ergueu-se. Ajeitou o cabelo, limpou a cara, e sorriu. Pronto. Já tinha passado.
As portas abriram-se novamente, no rés-do-chão; sorridente, e de altivez em punho, avançou pelo átrio, desaparecendo na luz do meio-dia.

3 comentários:

bardot disse...

antha? :)

chandler.bing disse...

mais oui.

Cate disse...

isso já me aconteceu!

gosto da ideia da lágrima obesa, lol