terça-feira, maio 30, 2006

Não.

Ontem deitei-me ao sol. Veio pelo meu corpo inspeccionar cada cicatriz deixada pelos ferros ardentes da vida. O Bom. O Mau. E o Nada.
Foi aí que me lembrei de ti.

("e da felicidade dos dias sem ti.")

domingo, maio 28, 2006

Mariana's past.

O Planeta de Mariana, algures em 2003:

"A Janela


Pois cá estou eu, numa aula qualquer. Oiço alguém a falar, deve ser o professor. Mas eu não o vejo. Além de estar escondido atrás de uma colega, não quero vê-lo, nem sequer ouvi-lo. Se já estou em estado de sonolência, ao ouvir o que alguém despeja friamente cairia num sono profundo do qual só acordaria com um tremor de terra (e mesmo assim...).
Olho então para o lado. E que vejo? A minha eterna amiga, grande e transparente, e lascada também. Meio aberta (por causa do cheiro moribundo da sala), ela deixa entrar um pouco de sol, filtrado pelos estores a meia haste. Pois, é a janela, que deixa contemplar o que há lá fora, e fez sonhar todos os que neste lugar já pousaram o caderno.
A vista não é muita. Um telhado, uma escola cor-de-rosa, uma fila de prédios decadentes, um outro lá mais ao fundo, isolado em toda a sua altura. Algumas árvores rasteiras e vazias de folhas compõem o ramalhete.
É certo que a vista não é muita, mas o certo é que dá para o gasto. Ao olhar através dela, e se tivermos a sorte de estar bom tempo, vemos, acima de qualquer coisa, luz.
Luz. Mas não é uma luz qualquer. Não senhor. É uma luz libertadora, que provoca o sonho. Ao recebermos este feixe intenso, fechamos os olhos e imaginamos que estamos noutro sítio. Qualquer sítio, não interessa, mas um que nos faça sentir bem, sem preocupações, leves e livres como uma folha acastanhada que voa ao sabor do vento.
O único problema desta luz é que pode provocar um indesejado encontro com o professor. Se ele se lembra que existimos, lá caímos das nuvens, e com um grande trambolhão percebemos que o nosso nome foi espancado... na caderneta.
Mas, se tivermos sorte, a aula passa num instante e, quando toca, parece que passou apenas um minuto desde que fomos iluminados pela luz libertadora.

11º4 nº6"

Quando Mariana manda escrever, escreve-se. Nem que seja merda!

sexta-feira, maio 26, 2006

O pequeno grande planeta de Mariana.

Vivemos todos na Terra (don't we...?), mas nem todos no planeta de Mariana. Pois que o planeta de Mariana é um pequeno lugar onde só alguns indivíduos se permitem dormitar. Para viver neste planeta, que se pretende restrito mas que afinal é bastante acessível, basta ter estado em contacto com a mestre suprema com o mesmo nome, mulher de pequena estatura, é certo (pelo menos do meu ampliado prisma noventino), mas irascível, perseguidora de todo o erro ortográfico e mau uso da lingua de Camões, e capaz de assustar qualquer rapazola ou moçoila à simples menção de seu nome. As suas armas?, óculos de ver ao perto de porte duvidoso e ancestral, afiada caneta de cor vermelha ou verde, e letra miudinha e angelical, mas implacável.
Aos seguidores desta afável doutrina, apelidam-se de Símios, estando eles espalhados pelas mais diversas áreas do saber. Sendo que temos até uma enviada especial em longínquas terras sadinas. Saudades dela.
E pronto, é isto. Welcome to Mariana's Place. Let the party begin.

quinta-feira, maio 25, 2006

"excuse me, but i just have to explode."

Björk.