Sempre gostara de chuva. Do seu rumor trepidante nos estendais da roupa. Da sua tonalidade cinzenta, escorrendo pela vidraça rumo ao desconhecido. Espreitando do seu oitavo andar, mirava os guarda-chuvas circulando entre os lençóis de água, as árvores abanando a copa carregada e agitando os ventos, que se abatiam com estrondo nos vidros. Adorava a sensação de desintoxicação, que lhe percorria e filtrava os poros em dias de louca correria entre as poças. Queria ir ali para o meio, parar no centro da tempestade, ensopar-se de água. Queria um rio só para si, que mantivesse o seu ser afastado de tudo aquilo que não queria.
Pena que os seus medos soubessem nadar.
(e bem).
domingo, setembro 30, 2007
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4 comentários:
chuva sim, mas nada de vento por favor essence!
amei :)
=D
Bing, este texto está em primeiro lugar há um século... E novidades?
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